1 de fevereiro de 2011
Criatividade, Inovação e tudo mais.
Palavras que estão na boca de todos os gestores das empresas.
Não importa se sua empresa faz contabilidade ou papel, em todos os lugares existem espaços para alguma ação diferente que gere mais lucro, poupe tempo, crie novos produtos ou deixe a equipe mais motivada, isto é resultado da criatividade.
Nosso cérebro, como retratado no post anterior, só entra no modo criativo quando nega os raciocínios lógicos que aprendemos anteriormente.
A informação criativa vem da desconstrução dos dados, já o trabalho racional/mecânico vem da busca por informações preexistentes.
Não falo aqui que o trabalho mecânico é ruim. Ele é importante, pois ajuda as idéias a saírem do papel, mas um bom trabalhador deve aliar entre os dois modos para realmente destacar.
O cérebro humano ao receber uma informação, captura os dados e deixa eles completos para fácil consulta recente em nossa mente. Com o passar do tempo, a informação pode virar um procedimento automático(aprendizagem), ou quebrar em pedaços menores de dados para ser arquivado.
O funcionário que está no modo mecânico usa os procedimentos automáticos que foramprogramados em seu cérebro para desempenhar sua função. Ele também utiliza a informação recente que está de fácil acesso, desenvolvendo até algumas variações, mas por causa dos dados ainda não terem sido fragmentados esta criação é limitada.
Assim, o usuário no modo mecânico não cria, ele apenas copia e varia alguns elementos de coisas que já existem.
Já quando este está no modo criativo, ao negar o que foi programado em seu cérebro como também as idéias recentes, a mente busca lá no fundo, aqueles fragmentos de dados antigos, seja: um filme de dois anos atrás, uma conversa com um amigo e até aquela imagem boba da internet e cria uma nova ligação entre estes dados, gerando algo realmente novo.
Isto é realmente o processo criativo do cérebro e isto explica a razão da publicidade estar tão sem idéias novas ultimamente.
A maioria das agências condiciona os funcionários para um processo de job, atrás de job, o profissional não tem tempo para desconstruir o objetivo e depois construir algo novo.
A ação entra hoje para sair amanhã, nisto o processo virá mecânico e o criativo na verdade não entra no modo criativo, piorando ainda a situação ao utilizar práticas mais mecânicas ainda como:
Referência recente: 6 horas para um job, representa em muitos momentos: 3 horas para pesquisa e 3 para execução, ou seja, 3 horas vendo peças e ações colhendo informações recentes que não serão desconstruídas pelo cérebro e viraram apenas cópias com pequenas variações. Isto é fato e piorou bastante com a internet, temos hoje váriosexemplos de peças que são iguais, não variam, não agregam nada novo.
Ficar até tarde na agência: Martelando algo no cérebro, forçando sua mente a produzir algo, acaba gerando apenas respostas prontas. Trabalho criativo depois das 18:00 só sai coisas normais. Sair de um job que não rende, ir para casa descansar e voltar no outro dia permite que a mente faça uma desconstrução e realmente chegue em algo novo.
A dormência de dados e sua desconstrução é um dos principais processos criativos, o livro que você leu ontem participará de uma nova idéia daqui um mês, ou um ano.
Em outro post vou citar alguns métodos que algumas empresas usam para deixar o modo criativo de seus funcionários render.
“Trabalhar por projetos, flexibilidade de horários, ambientes descontraídos entre outras”.
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